Testes Genéticos ajudam a identificar nódulos de tireoide para prognósticos e tratamento cirúrgico
Estudos científicos desde 2018 vem corroborando que testes genéticos podem auxiliar médicos e pacientes a determinar sua malignidade antes da tireoidectomia ou para determinar a extensão do procedimento cirúrgico necessário para cada paciente.
Quando ocorre o aparecimento de nódulos suspeitos na tireoide, médicos endocrinologistas ou oncologistas realizam uma biópsia com agulha fina para a retirada de algumas células que são direcionadas para a análise de um médico patologista.
Esta avaliação do médico patologista muitas vezes não consegue reproduzir com precisão e sensibilidade o resultado das características tumorais, pois o melhor material para esta avaliação seria o próprio tecido e não algumas células isoladas dele.
Estes resultados indeterminados acabam levantando a necessidade do médico cirurgião de fazer a retirada do tecido comprometido da tireoide onde se encontra este nódulo e, na prática, a maioria destas cirurgias mostra um resultado patológico benigno para estes nódulos.
Com o advento de testes genéticos especializados nesta área, é possível fazer uma análise nas células isoladas que foram retiradas por punção destes nódulos e, de uma forma mais sensível e precisa que a análise patológica, fornecer ao médico e ao paciente o parecer em relação a necessidade ou não da cirurgia. Caso seja indicada, o teste também permite ao médico saber qual a extensão cirúrgica a que o paciente precisa ser submetido.
A utilização dos testes genéticos também é de grande ajuda em casos de tumores avançados em que o paciente será submetido a tratamentos, como por exemplo, a quimioterapia. Os exames genéticos podem trazer informações para o que se chama “tratamento-alvo”, que significa dar um medicamento que atua em uma alteração genética específica, e desta maneira impedir o crescimento tumoral e, em alguns casos, levar até a diminuição dele.
Além disso, caso exista a incidência em outras pessoas na família, há também a possibilidade da avaliação de predisposição genética hereditária.
Resumindo, as ferramentas genéticas cada vez estão mais presentes na medicina para um diagnóstico mais preciso da dinâmica do tumor do paciente, possibilitando que o médico tome decisões mais assertivas, gerando uma qualidade de vida cada vez melhor para cada um de seus pacientes.